O Ministério dos Assuntos Internos da Rússia colocou o procurador-geral do TPI (Tribunal Penal Internacional), Karim Khan, na lista de pessoas procuradas, segundo reporta a agência noticiosa russa RIA Novosti, que cita a tutela.
A decisão foi tomada depois de Karim Khan ter emitido, também ele, um "mandado de detenção" para o presidente do país, Vladimir Putin.
O Ministério terá ainda especificado que o procurador-geral do TPI é procurado pelas autoridades policiais russas ao abrigo de um artigo do Código Penal - embora não se mencione qual o artigo em causa.
A emissão deste mandado de detenção, com base na informação veiculada pelos ‘media’ locais, ocorre já depois de Moscovo ter aberto processos contra Karim Khan e outros três juízes do TPI em 20 de março - apenas alguns dias depois da emissão do mandado visando Vladimir Putin e, também, a provedora dos Direitos da Criança no país, Maria Lvova-Belova, por crimes de guerra relacionados com o rapto de crianças ucranianas.
Isto apesar de a Rússia ter vindo, constantemente, a negar a responsabilidade por quaisquer crimes de guerra praticados em território ucraniano desde 24 de fevereiro do ano passado.
Desde o início da guerra, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, cerca de 8.500 civis já morreram, ao passo que aproximadamente 15 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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