"Putin não quebrará a nossa determinação como pensou", afirmou Biden, prometendo que os parceiros de Kiev "não vão vacilar" face à guerra da Rússia na Ucrânia.
Biden e Zelensky estiveram hoje reunidos na cimeira do G7 na cidade japonesa de Hiroshima.
O Presidente dos Estados Unidos já havia anunciado hoje o fornecimento de novas armas e munições à Ucrânia.
Biden não especificou o valor do novo pacote, mas um alto funcionário norte-americano disse à agência espanhola EFE que está avaliado em 375 milhões de dólares (346 milhões de euros).
A mesma fonte disse que o novo pacote de assistência inclui armas que os Estados Unidos já enviaram à Ucrânia, como artilharia, munições, veículos blindados e foguetes de artilharia de alta mobilidade (Himars).
O anúncio do novo pacote ocorre dias depois de Biden ter autorizado os aliados de Washington a fornecer caças norte-americanos F-16 à Ucrânia.
Biden explicou que Zelensky lhe garantiu que não usará os caças F-16 contra alvos em território russo.
"Tenho uma garantia total de Zelensky de que não os vão usar contra a Rússia no seu território geográfico. Outra coisa é se as tropas russas estiverem dentro da área da Ucrânia", disse o líder norte-americano em conferência de imprensa em Hiroshima, onde a cimeira do G7 termina hoje após três dias de reuniões.
Na cimeira, Biden disse aos seus parceiros do G7 que os Estados Unidos vão ajudar a treinar pilotos ucranianos para pilotarem os caças F-16.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a ajuda militar de Washington a Kiev ascendeu a 37,3 mil milhões de dólares (34,4 mil milhões de euros), anunciou hoje o Departamento de Defesa norte-americano.
Zelensky agradeceu a Biden a nova ajuda militar e por estar "ombro a ombro" com ele face à invasão russa da Ucrânia, segundo a EFE.
O líder ucraniano foi o convidado surpresa da cimeira do grupo das sete democracias mais desenvolvidas, que reúne Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, mais a União Europeia (UE).
Joe Biden também aproveitou para dizer que as relações entre os Estados Unidos e a China devem "descongelar muito em breve" depois de Washington ter abatido um alegado balão espião chinês no início deste ano.
"[O balão] foi abatido e tudo mudou a nível de diálogo. Penso que vão ver o início de um degelo muito em breve", frisou.
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