A polícia do departamento do Norte de Santander disse, na quarta-feira, que o ataque aconteceu quando uma patrulha policial se dirigia a uma base militar e foi atacada com explosivos numa estrada.
Entre os dez feridos estão quatro agentes da polícia, um dos quais ficou ferido com grave e está internado na unidade de cuidados intensivos num hospital da capital do departamento, Cúcuta.
O diretor da polícia colombiana, o general William Salamanca, ofereceu uma recompensa de até 200 milhões de pesos (cerca de 42 mil euros) por informações sobre os autores do ataque.
O governo do Norte de Santander respondeu ao ataque na rede social Twitter: "Não podemos tolerar mais mortes ou ações violentas de grupos armados. Rejeitamos os acontecimentos que acabaram com a vida de várias pessoas".
As autoridades indicaram que o ministro da Defesa, Iván Velásquez, deverá presidir hoje a um conselho de segurança em Tibú.
Também o Presidente colombiano, Gustavo Petro, rejeitou "a ação terrorista em Tibú, no Norte de Santander, contra a vida" de agentes policiais.
"Um abraço de solidariedade para as famílias das vítimas deste ato hediondo. Este ato criminoso não ficará impune", prometeu Petro, também no Twitter.
Tibú faz parte de uma das regiões mais pobres da Colômbia, Catatumbo, com mais de dez mil quilómetros quadrados, na maioria selva, no departamento do Norte de Santander.
Nesta área do país, que faz fronteira com a Venezuela, está presente a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidentes das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), além de um reduto do Exército Popular de Libertação (EPL) e outros grupos que lutam por corredores de tráfico de droga e plantações de coca.
Gustavo Petro suspendeu, na segunda-feira, a trégua com o principal grupo dissidente da antiga guerrilha FARC em quatro regiões do país, depois de os rebeldes terem assassinado quatro menores indígenas.
No âmbito de um ambicioso plano de "paz total" para a Colômbia, Petro tenta há vários meses negociar com as guerrilhas e outros grupos armados ativos no país, frequentemente associados ao tráfico de droga, sobretudo dissidentes das ex-FARC, mas também do ELN, de grupos paramilitares e de grupos criminosos, como o Clã do Golfo.
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