"Um grupo de sabotagem do serviço de informações externas da Ucrânia (...) tentou explodir cerca de 30 linhas de transmissão de energia das centrais nucleares de Leninegrado e Tver", indicou o FSB em comunicado.
"Segundo a ideia dos serviços especiais ucranianos, isso levaria à paragem dos reatores nucleares, interromperia o funcionamento normal das centrais nucleares e causaria danos significativos à economia e à reputação da Rússia", disse a mesma fonte.
Os militares, que a Rússia chama de "sabotadores", conseguiram explodir o poste de uma linha de alta tensão e colocar minas ao lado de outras quatro linhas de alta tensão da central nuclear de Leninegrado", situada na região com o mesmo nome, a cerca de trinta quilómetros de São Petersburgo, detalhou o FSB.
Engenhos explosivos também foram colocados perto de sete postes de linhas de alta tensão ligadas à central de Tver, referiu.
Dois cidadãos ucranianos foram detidos em relação a esses ataques e podem ser condenados até 20 anos de prisão, disse ainda o comunicado.
Um mandado de busca foi emitido para um terceiro homem, um russo-ucraniano, segundo a mesma fonte.
"Dois russos cúmplices dos sabotadores também foram identificados e detidos", de acordo com os serviços de segurança russos, que os acusa de terem fornecido meios de comunicação e veículos com matrículas falsas.
Os serviços especiais russos ainda apreenderam 36,5 quilos de explosivos e cerca de 60 detonadores, disse a nota, salientando que está em curso uma investigação por "sabotagem" e "tráfico de explosivos".
No início de maio, poucos dias antes das comemorações do Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi, a Rússia foi palco de uma série de ataques, incluindo o descarrilamento de dois comboios de carga e um incêndio num depósito de petróleo decorrente de um ataque de drones.
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