Ucrânia reivindica ataque a navio russo em águas da Turquia
O Ministério da Defesa da Ucrânia reivindicou hoje o ataque sofrido no Mar Negro por um navio de reconhecimento russo na quarta-feira.
Mundo Ucrânia/Rússia
"Quando o navio de reconhecimento russo 'Ivan Khurs' encontra um 'drone' ucraniano", lê-se na mensagem do Ministério ucraniano divulgada na rede social Twitter , que é acompanhada por um vídeo gravado por uma câmara instalada no alegado 'drone' marítimo que, nas imagens, acaba por embater com o navio russo, que estava em águas turcas.
O Ministério da Defesa da Rússia reconheceu parcialmente o incidente na quarta-feira através de uma mensagem divulgada na plataforma Telegram.
"Hoje às 5:30, as forças armadas da Ucrânia tentaram atacar o navio 'Ivan Khurs' com três barcos não tripulados de alta velocidade, mas sem resultados", afirmou Moscovo.
Segundo o Ministério da Defesa russo, as três embarcações ucranianas usadas no ataque foram destruídas com armas convencionais, mas o vídeo divulgado pelo Ministério da Defesa da Ucrânia mostra como o alegado 'drone' ucraniano colidiu com o navio russo.
O governo russo garantiu que, no momento do incidente, o navio estava a realizar trabalhos de vigilância nos gasodutos Turkish Stream e Blue Stream, que transportam gás russo para a Turquia.
Vários incidentes envolvendo navios de guerra ou aeronaves russas ocorreram no Mar Negro desde o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.895 civis mortos e 15.117 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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