O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, afirmou, em entrevista, que se qualquer outro país quiser aderir à união Rússia-Bielorrússia, poderá haver "armas nucleares para todos".
As declarações surgem depois de a Rússia avançar na semana passada com um plano para implantar armas nucleares táticas na Bielorrússia, na primeira implantação do Kremlin de tais ogivas fora da Rússia desde a queda da União Soviética.
Numa entrevista à emissora estatal russa no domingo, citada pela Reuters, Alexander Lukashenko, o aliado mais leal do presidente Vladimir Putin entre os países vizinhos, disse que deve ser "entendido estrategicamente" que Minsk e Moscovo têm uma hipótese única de se unir.
"Ninguém é contra o Cazaquistão e outros países que tenham as mesmas relações estreitas que temos com a Federação Russa", disse Lukashenko.
"Se alguém está preocupado ... (então) é muito simples: junte-se ao Estado da União da Bielorrússia e da Rússia. Haverá armas nucleares para todos", afirmou.
Lukashenko acrescentou ainda que esta era a sua própria opinião - e não a da Rússia.
A Rússia e a Bielorrússia são formalmente parte de um Estado da União, uma união sem fronteiras e aliança entre as duas ex-repúblicas soviéticas. Assim, a Rússia usou o território da Bielorrússia como plataforma de lançamento para a invasão da Ucrânia, em fevereiro do ano passado, e desde então a sua cooperação militar intensificou-se.
Recorde-se que no domingo, o Ministério da Defesa da Bielorrússia disse que outra unidade dos sistemas móveis de mísseis terra-ar S-400 tinha chegado da Rússia.
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