Corpo de freira exumado ao fim de 4 anos sem sinais de decomposição

A freira tinha apenas uma camada de bolor no corpo, provavelmente devido à humidade, dada a presença de uma racha no caixão.

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© Benedictine Sisters of Mary

Notícias ao Minuto
30/05/2023 09:33 ‧ 30/05/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

EUA

Centenas de norte-americanos estão a rumar a um mosteiro em Gower, no estado de Missouri, para observar o corpo de Wilhelmina Lancaster. Os restos mortais da freira fundadora das Benedictine Sisters of Mary foi exumado a 18 de maio, quatro anos após a sua morte, não mostrando quaisquer sinais de decomposição.

Lancaster morreu aos 95 anos, a 29 de maio de 2019. Cerca de quatro anos depois, o corpo foi exumado para ser trasladado para a capela do mosteiro. Contudo, quando o caixão de madeira – e rachado – foi aberto, a freira não mostrava quaisquer sinais de decomposição, apesar de não ter sido embalsamada. O seu hábito estava, também, intacto, segundo a Catholic News Agency.

A freira tinha apenas uma camada de bolor no corpo, provavelmente devido à humidade, dada a racha no caixão.

Segundo a tradição católica, os restos mortais que ‘desafiam’ o processo de decomposição são considerados incorruptos, o que é um sinal de santificação. Ainda assim, este processo não foi iniciado para Lancaster, de acordo com uma nota publicada na página da diocese de Kansas City-St.Joseph, que cita o bispo Johnston.

“É importante proteger a integridade dos restos mortais da irmã Wilhelmina, de modo a permitir uma investigação completa”, adiantou.

Madre Cecilia, abadessa do mosteiro e uma das primeiras a examinar o caixão, apontou ainda que a comunidade considera que Lancaster “é a primeira mulher afro-americana a ser encontrada incorrupta [nos Estados Unidos]”, disse, em declarações à Catholic News Agency.

Apesar de tudo, especialistas indicaram que não é pouco comum que um corpo se mantenha preservado nos primeiros anos após a morte, mesmo não tendo sido embalsamado.

Na verdade, e segundo Nicholas Passalacqua, professor associado e diretor de antropologia forense na Western Carolina University, um cadáver demora cerca de cinco anos a ficar em esqueleto, mesmo sem caixão ou qualquer outro tipo de recipiente ou embrulho.

No entanto, o corpo de Lancaster estará na abadia até ao dia 29 de maio, num caixão de vidro, devendo, depois, ser movido.

Leia Também: "É preciso aprenderem a amar". O sermão de uma freira a casal mal sentado

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