Rússia pede fim de "falsa propaganda" sobre confrontos no Kosovo

A Rússia pediu hoje ao Ocidente que acabe com a "falsa propaganda" sobre a violência no Kosovo, que feriu cerca de 30 soldados da NATO, exigindo "medidas decisivas de desescalada".

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Lusa
30/05/2023 12:45 ‧ 30/05/2023 por Lusa

Mundo

Kosovo

"Pedimos ao Ocidente que ponha fim à sua falsa propaganda e pare de culpar os sérvios levados ao desespero pelos incidentes no Kosovo", disse o ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia em comunicado.

"Precisamos de medidas decisivas de desescalada", acrescentou.

Cerca de trinta membros da força internacional liderada pela NATO no Kosovo ficaram feridos esta segunda-feira em confrontos com manifestantes sérvios, minoria no Kosovo mas grupo maioritário no norte do país, que se manifestavam em frente à Câmara Municipal da localidade de Zvecan para exigir a demissão do novo presidente da autarquia, pertencente à maioria albanesa.

Os sérvios do norte do Kosovo não reconhecem a autoridades dos novos presidentes das câmaras, eleitos em abril num escrutínio em que a participação foi de apenas 03 por cento, devido ao boicote da população sérvia, que é uma minoria no país, mas constitui uma larga maioria em quatro municípios do norte kosovar.

Os sérvios renunciaram em massa em novembro às instituições locais da região e Pristina decidiu organizar eleições municipais na tentativa de acabar com o vazio institucional.

Incidentes já haviam ocorrido na sexta-feira, quando autarcas albaneses kosovares tomaram posse acompanhados por polícias.

Os manifestantes sérvios, que se reuniram em frente à autarquia de Zvecan, exigiram esta segunda-feira a retirada dos vereadores albaneses, mas também das forças policiais do Kosovo.

A Sérvia nunca reconheceu a independência proclamada em 2008 pela sua antiga província e as tensões surgem regularmente entre Belgrado e Pristina. Cerca de 120.000 sérvios vivem no Kosovo, cerca de um terço destes no norte do território.

Os dois países estão a negociar a normalização das suas relações com base num novo plano da UE, apoiado por Washington, num processo com frequência interrompido pela ocorrência de confrontos.

Leia Também: Presidente sérvio pede influência mundial para resolver tensão no Kosovo

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