"Decidimos destacar mais 700 soldados da força de reserva operacional para os Balcãs Ocidentais e pôr mais um batalhão de forças de reserva em alerta elevado para que possa ser enviado se necessário. Estas são as medidas prudentes", disse Stoltenberg à imprensa em Oslo, após uma reunião com o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Store.
A composição de um batalhão oscila habitualmente entre 300 e cerca de 1.000 militares.
O líder da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) condenou a violência no norte do Kosovo, desencadeada há três dias por manifestantes sérvio-kosovares que exigiam a demissão de autarcas da maioria albanesa cuja legitimidade os sérvio-kosovares, uma minoria no país mas ali maioritários, não reconhecem, e que já fez mais de 50 feridos entre eles, agentes da polícia kosovar e elementos da missão da NATO no país, a KFOR.
Os sérvios boicotaram as eleições municipais de abril em quatro cidades do norte do país onde constituem a maioria da população, o que resultou na eleição de candidatos albaneses com menos de 3,5% de participação eleitoral.
Estes autarcas tomaram posse na semana passada, ao abrigo do regime do Governo de Albin Kurti, primeiro-ministro deste país de população maioritariamente albanesa, ignorando os apelos de apaziguamento lançados pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos.
A Sérvia -- que é apoiada pelos seus aliados russos e chineses - nunca reconheceu a independência proclamada em 2008 pela sua antiga província, uma década depois de um violento conflito entre forças sérvias e separatistas albaneses.
Stoltenberg instou igualmente ambas as partes a adotarem medidas para reduzir a tensão, a absterem-se de "mais comportamentos irresponsáveis" e a regressarem à mesa das negociações patrocinadas pela UE para normalizar as relações entre Kosovo e Sérvia.
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