China critica cooperação militar entre Japão e EUA, que acusa de coação

A China criticou hoje o acordo anunciado entre Estados Unidos e Japão para fortalecer a sua aliança de defesa e acusou Washington de coagir e "prejudicar os interesses de terceiros" através da cooperação militar.

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© REUTERS/Thomas Peter

Lusa
01/06/2023 10:54 ‧ 01/06/2023 por Lusa

Mundo

Mao Ning

"Em resposta a este acordo, que fala de 'coerção da China', a realidade é que quem coage não é a China, são os Estados Unidos", reagiu a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, em conferência de imprensa.

Mao acrescentou que a China sempre defendeu que a cooperação militar entre países deve "servir para manter a paz e a estabilidade regional", em vez de "ter outros como alvo ou prejudicar os interesses de terceiros".

As declarações foram feitas depois de o ministro da Defesa japonês, Katsuhiro Hamada, e o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, terem concordado em "aprofundar a cooperação bilateral" e explorar "maneiras de fortalecer as capacidades da aliança entre o Japão e os Estados Unidos para deter e responder", face a possíveis conflitos.

O secretário de Defesa dos EUA destacou que as forças armadas de ambos os países "estão a operar e treinar juntas como nunca antes", para responder a ameaças comuns, como o desenvolvimento de armas pela Coreia do Norte, a agressão russa contra a Ucrânia e "os desafios suscitados pela China".

O acordo também ocorre depois de Austin ter considerado "infeliz"a recusa do seu homólogo chinês, Li Shangfu, ao convite feito pelo lado norte-americano para se encontrarem, em Singapura, à margem do Diálogo de Shangri-La.

Pequim e Washington assinaram acordos para lidar com "eventos inesperados" entre as suas forças aéreas e navais, mas a comunicação entre os dois exércitos foi suspensa pela China, devido ao apoio militar e à venda de armas a Taiwan pelos Estados Unidos ou o abate de um alegado balão de espionagem chinês no espaço aéreo norte-americano.

Leia Também: Japão levantou alerta após alegado satélite lançado pela Coreia do Norte

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