Criança palestiniana de 2 anos em estado crítico após ataque israelita
Incidente ocorreu durante uma emboscada por forças israelitas na aldeia de Nabi Saleh, na Cisjordânia ocupada.
© Reuters
Mundo Palestina
Uma criança palestiniana ficou gravemente ferida e encontra-se em estado crítico, após o carro onde seguia com o pai, na quinta-feira, ter sido atacado no meio de uma emboscada por forças israelitas, na Cisjordânia ocupada.
Esta sexta-feira, as autoridades palestinianas explicaram que os dois estavam sentados na viatura, quando um grupo de forças israelitas realizou uma operação na aldeia de Nabi Saleh, a noroeste de Ramallah, no território que é oficialmente controlado pelos palestinianos.
Os israelitas bloquearam a entrada da aldeia e abriram fogo sobre um veículo, com a criança, de dois anos, no interior, segundo conta a agência de notícias Wafa, e citada pela Al Jazeera. O exército israelita, contudo, diz que um grupo de atiradores abriu fogo em direção a um colunato e, na retaliação, atingiram os dois civis - isto apesar de o colonato ser considerado uma ocupação ilegal de território pela lei internacional, mas é uma prática recorrente por parte do governo israelita.
O pai da criança, de 40 anos, foi levado para um hospital em Ramallah, a maior cidade administrada pela Autoridade Palestiniana, enquanto que o filho foi levado de helicóptero para um hospital israelita.
O exército acrescentou ainda que vai abrir uma investigação ao tiroteio, "lamentando o mal a não-combatentes".
O novo governo israelita com maior força da extrema-direita, liderado por Benjamin Netanyahu, tem protagonizado uma intensificação das manobras militares e rusgas nos territórios ocupados palestinianos, e cidades com uma maior presença de resistência armada, como Nablus, encontram-se cada vez mais cercados pelas tropas.
Esta política tem tido uma repercussão nos civis, com as forças israelitas a mataram, desde o início de 2023, pelo menos 158 palestinianos, incluindo 26 crianças. Uma parte dos mortos, 36, surgiu durante o ataque de quatro dias contra a Faixa de Gaza, um enclave cercado e limitado por Israel, entre os dias 9 e 13 de maio.
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