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Sudão. Mais de 1,5 milhões de pessoas deslocadas e refugiadas

Mais de 1,5 milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas desde o início dos confrontos no Sudão, em 15 de abril, segundo uma nova contagem da ONU divulgada hoje.

Sudão. Mais de 1,5 milhões de pessoas deslocadas e refugiadas
Notícias ao Minuto

17:02 - 05/06/23 por Lusa

Mundo Sudão

Os números constam de um relatório elaborado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) que prevê que as deslocações continuarão a aumentar nas próximas semanas se não houver um acordo final entre os beligerantes: o exército regular sudanês e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).

As duas agências da ONU registaram mais de 1,2 milhões de pessoas deslocadas internamente, enquanto cerca de 360.000 pessoas atravessaram as fronteiras para outros países.

As Nações Unidas alertaram para o facto de a situação continuar a ser particularmente complexa em zonas como a capital, Cartum, e na região de Darfur, com problemas até para a ajuda humanitária chegar a Cartum.

O Programa Alimentar Mundial (PAM) entregou o seu primeiro lote de ajuda a Cartum no final de maio.

A crise está também a alastrar aos países vizinhos, onde continuam a chegar refugiados quase diariamente, bem como repatriados e cidadãos de países terceiros.

Considerando apenas o Egito, já entraram mais de 170.000 pessoas, enquanto no Chade o número já ultrapassa as 100.000 e no Sudão do Sul cerca de 87.000.

Entretanto, de acordo com o ACNUR, cerca de 35.000 pessoas atravessaram a fronteira etíope e cerca de 14.000 chegaram à República Centro Africana.

O exército e as RSF acusaram-se mutuamente de violar alegados progressos no sentido de um cessar-fogo, resultando em tensões contínuas num país que tenta avançar para uma transição civil após o golpe de 2019 contra o então Presidente Omar Hassan al-Bashir e uma revolta subsequente em outubro de 2021.

Leia Também: Sudão. Declarada zona de catástrofe no Darfur devido à violência

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