As autoridades nigerianas "deram pouca informação e nenhuma justificação pelo ataque aéreo militar de 24 de janeiro de 2023 que matou 39 civis e feriu pelo menos outras seis pessoas", disse esta ONG vocacionada para os direitos humanos num comunicado divulgado depois de várias entrevistas a sobreviventes e familiares.
O Governo, diz a HRW, deve garantir "uma investigação urgente, independente, imparcial e transparente" relativamente ao ataque que ocorreu em Kwatiria, uma aldeia no estado de Nasarawa, no centro dese país africano.
Quase seis meses depois do incidente, a HRW diz que a Força Aérea admitiu pela primeira vez o ataque e o bombardeamento, explicando que era parte de uma operação conjunta do Exército, da Polícia e do departamento de segurança estatal, tendo sido desencadeado em resposta aos problemas de segurança neste estado e contra atividades "suspeitas de terrorismo".
"A inaceitável demora dos militares em reconhecer o homicídio e os ferimentos em dezenas de civis só agrava a tragédia deste ataque", disse a investigadora da HRW Anietie Ewang, citada pela agência espanhola de notícias, a EFE.
Desde 2017, mais de 300 pessoas morreram devido a ataques aéreos que, segundo a Força Aérea, visavam criminosos ou membros do grupo terrorista Boko Haram, mas que acabaram por vitimar civis.
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