Barragem. UE mobiliza ajuda através de mecanismo de proteção civil

A Comissão Europeia anunciou hoje que a União Europeia (UE) vai mobilizar apoio à Ucrânia pelo ataque à barragem de Kakhovka, como bombas de água residual e estações para purificação, responsabilizando a Rússia por mais um crime de guerra.

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Lusa
06/06/2023 18:31 ‧ 06/06/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"A Europa está a mobilizar apoio através do nosso Mecanismo de Proteção Civil [da UE]. Estamos a coordenar a nossa ação com os Estados-membros para que esta seja rápida [ao recolher] bombas de água residual, mangueiras de incêndio e estações móveis de purificação de águas", divulgou a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen.

Numa publicação na rede social Twitter, a responsável salientou que "a Rússia terá de pagar pelos crimes de guerra cometidos na Ucrânia".

"A destruição da barragem, um ataque ultrajante às infraestruturas civis, põe em risco milhares de pessoas na região de Kherson", condenou Ursula von der Leyen.

Criado pela Comissão Europeia em 2001 e reformulado em 2013, o Mecanismo de Proteção Civil da UE visa ajudar os países do bloco comunitário e os países terceiros a dar resposta a emergências, como catástrofes naturais, crises sanitárias ou conflitos.

As autoridades ucranianas acusaram hoje as tropas russas de fazerem explodir a barragem da central hidroelétrica de Kakhovka e pediram aos residentes nas zonas junto ao rio Dniepre, no sul da Ucrânia, que abandonem as habitações.

A Rússia negou as acusações ucranianas e disse que a destruição parcial da barragem foi um ato de sabotagem deliberado cometido por Kiev para privar a península da Crimeia de água.

Segundo a Ucrânia, 150 toneladas de óleo de motor foram derramadas hoje no rio Dniepre, na sequência da destruição da barragem hidroelétrica de Kakhovka, o que constitui um risco ambiental.

A destruição da barragem faz temer consequências graves para a flora e a fauna desta região do sul da Ucrânia.

A Ucrânia e a Rússia tinham vindo a trocar acusações sobre alegados ataques à barragem e, em outubro, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, avisou que Moscovo tinha colocado explosivos na estrutura para causar uma inundação e dificultar o avanço das tropas ucranianas.

Em fevereiro passado, os níveis da água na barragem de Kakhovka estavam tão baixos que muitos temiam um colapso na central nuclear de Zaporijia, ocupada pelos russos, cujos sistemas de refrigeração são abastecidos com água de um reservatório mantido pela barragem.

Em meados de maio, após fortes chuvas e com a neve de inverno a derreter, os níveis da água subiram além dos níveis normais, inundando aldeias próximas.

A guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Conselho de Segurança da ONU reúne de urgência após explosão em barragem

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