"O grande mal e a pior ameaça para o futuro na sequência deste ato de terror é a devastação ecológica que está a ser infligida no sul da Ucrânia", disse Chmygal após uma reunião da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em Paris.
As populações continuam a ser retiradas do sul da Ucrânia, após a destruição parcial da barragem que fica situada numa zona ocupada pelas forças russas.
Moscovo e Kiev rejeita responsabilidades e acusam-se mutuamente sobre a situação na barragem que provocou grandes inundações ao longo do rio Dniepre, onde se receia um desastre humanitário e ambiental.
Até ao momento, mais de 2.700 pessoas foram retiradas das zonas inundadas, disseram hoje as autoridades de Kiev e as forças de ocupação da Rússia.
"Dezenas de cidades e aldeias vão confrontar-se com problemas da água potável e de acesso à água para rega, que cessará, provocando secas e más colheitas", acrescentou o primeiro-ministro ucraniano.
"Isto ameaça a segurança alimentar mundial", afirmou, descrevendo o ato de destruição, que o governo da Ucrânia atribuiu à Rússia, como uma "ação de terror" e um "crime contra a humanidade".
A destruição da barragem de Kakhovka fez ainda como que, "pelo menos, 150 toneladas de óleo fossem derramadas no rio, com o risco de mais 300 toneladas se infiltrarem" nos solos das margens do Dniepre, representando "uma ameaça para a flora e para a fauna" da região, afirmou ainda.
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