"Combates ativos" no sul mas Kyiv silenciosa sobre contraofensiva
Um responsável da administração russa referiu-se hoje a "combates ativos" na região de Zaporijia, sul da Ucrânia, com os observadores a apontarem o início da contraofensiva de Kyiv, que permanece em silêncio.
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Mundo Guerra na Ucrânia
"De momento, foram retomados os combates ativos na região entre Orekhovo [Orikhiv em russo] e Tokmak", ao nível da linha da frente atual entre as forças russas ucranianas, indicou Vladimir Rogov no Telegram.
Não foram fornecidos mais detalhes, mas segundo Alexandre Sladkov, um correspondente da televisão pública russa, que possui um canal Telegam seguido por mais de um milhão de pessoas, "as artilharias" russa e ucraniana estão em ação, com os tropas de Kiev na ofensiva.
"Estão a decorrer duros e prolongados combates", escreveu na manhã de hoje, afirmando que "a linha da frente se mantém estável".
"O inimigo promove esforços incríveis, efetua ataques. Em vão. As nossas forças mantêm-se firmes. A linha da frente está preservada", assegurou.
Na quinta-feira, o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, tinha referido que os seus militares repeliram uma ofensiva ucraniana na região de Zaporijia na noite de quarta para quinta-feira, sem indiciar o local preciso deste ataque.
Segundo Dmitri Rogozin, um alto responsável russo, o Exército de Moscovo "rechaçou o primeiro ataque". "Mas o inimigo ainda não introduziu as suas principais forças", acrescentou, após indicar que a Ucrânia concentrou "600 carros [de combate]" na zona.
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse na quinta-feira que detetava nas últimas "ações ofensivas" confirmadas por Kiev "o início de uma contraofensiva" que o Exército ucraniano anuncia há meses.
No seu boletim diário hoje divulgado, o Exército ucraniano não se refere a estes combates.
"O adversário permanece na defensiva", limitou-se a escrever o comandante ucraniano sobre a situação na frente de Zaporijia.
Segundo observadores citados pela agência noticiosa AFP, o Exército ucraniano poderá procurar, nesta região, tentar uma investida em direção a Tokmak, em território ocupado e 40 quilómetros a sul de Orikhiv, um importante nó logístico para as forças russas e a última localidade importante para além das cidades de Melitopol e Berdiansk, na posse das forças russas e das milícias russófonas locais.
Nas últimas semanas, a Ucrânia parece ter testado as posições russas ao longo da linha da frente, do sul a leste, uma forma de manter a incerteza antes de lançar um assalto decisivo para retomar o conjunto dos territórios ocupado pela Rússia e as forças separatistas locais, incluindo a Crimeia anexada em 2014.
Por sua vez, Moscovo insiste que pretende controlar a totalidade da região do Donbass, leste do país.
Do lado russo da fronteira, três pessoas foram hoje ligeiramente feridas quando um 'drone' atingiu um prédio na cidade de Voronej, situada a cerca de 200 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, indicou o governador regional, Alexandre Gussev.
Este foi o primeiro incidente do género em Voronej, uma cidade com mais de um milhão de habitantes, em mais de 15 meses de ofensiva russa na Ucrânia, e quanto a Rússia é desde há semanas alvo de um crescente número de ataques de 'drones' que Moscovo atribuiu às forças ucranianas.
O conflito armado na Ucrânia, iniciado com a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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