Irão diz que morte do líder do Hamas por Israel foi "crime hediondo"

O Irão considerou que a morte do líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, admitida por Israel, foi "um crime hediondo".

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© David Dee Delgado/Getty Images

Lusa
25/12/2024 07:54 ‧ há 12 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"O regime israelita admite abertamente, pela primeira vez, a sua responsabilidade por este crime hediondo", disse o embaixador iraniano na Organização das Nações Unidas (ONU), Amir Saeid Iravani, numa carta enviada ao secretário-geral da ONU e publicada na terça-feira na rede social X.

 

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, reconheceu na segunda-feira que Israel matou o líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, em julho.

Este é o primeiro reconhecimento público de que Israel foi responsável pelo assassinato de Haniyeh, quando até aqui nunca tinha confirmado esta informação.

Para o embaixador do Irão na ONU, a declaração de Israel é "uma confissão descarada" por um "crime hediondo".

Em retaliação pela morte de Haniyeh e também do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, - morto a 27 de setembro em Beirute -, o Irão lançou 200 mísseis contra Israel no início de outubro, que em resposta atingiu instalações militares no Irão.

O atual conflito no Médio Oriente, que causou dezenas de milhares de mortos, sobretudo em Gaza, foi desencadeado por um ataque do grupo extremista palestiniano Hamas no sul de Israel em 07 de outubro de 2023.

Israel respondeu com uma intervenção militar de grande envergadura na Faixa de Gaza, mas o conflito estendeu-se ao Líbano por o Hezbollah ter atacado alvos israelitas para ajudar o Hamas.

Desde 07 de outubro de 2023 já morreram 1.208 pessoas do lado israelita, a maioria civis, segundo uma contagem da Agência France Presse baseada em números oficiais israelitas e incluindo reféns que morreram ou foram mortos em cativeiro na Faixa de Gaza.

Mais de 45.000 palestinianos foram mortos na campanha militar de retaliação de Israel em território palestiniano, a maioria dos quais civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas para Gaza, considerados fiáveis pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Leia Também: Irão levanta bloqueio ao WhatsApp após dois anos de restrições

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