Kremlin assume que derramamento de petróleo no Mar Negro é "muito grande"

O Kremlin reconheceu hoje que a dimensão da catástrofe provocada em 15 deste mês pelo derrame de petróleo de dois petroleiros no Mar Negro é "muito grande" e exige esforços adicionais para atenuar as suas consequências.

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© Sefa Karacan/Anadolu via Getty Images

Lusa
24/12/2024 11:47 ‧ há 13 horas por Lusa

Mundo

Rússia

"Infelizmente, a escala do desastre é muito grande. Será necessário mais tempo, mais forças e mais recursos para eliminar as consequências", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, a um grupo de jornalistas.

 

Peskov acrescentou que o Presidente russo, Vladimir Putin, e outros membros da administração presidencial são constantemente informados sobre a situação e as medidas que estão a ser tomadas pelas autoridades que gerem a crise no terreno.

Ao mesmo tempo, referiu que a introdução de um regime federal de emergência na região dependerá das recomendações dos peritos.

"Ainda não. Tudo dependerá das recomendações dos especialistas que trabalham no terreno", disse Peskov.

Segunda-feira, as autoridades russas alertaram para o facto de que até 200.000 toneladas de solo ao largo da costa russa do Mar Negro poderiam ser contaminadas pelo derrame de petróleo resultante do afundamento de dois petroleiros russos perto do Estreito de Kerch, em 15 deste mês.

Até à data, especialistas e voluntários conseguiram retirar da costa 21.000 toneladas de solo contaminado com petróleo.

Cada vez mais pessoas (cerca de 9.500 voluntários) estão a participar na limpeza da costa, de acordo com o Ministério das Situações de Emergência.

Na semana passada, Putin descreveu o derrame de petróleo no Mar Negro como uma "catástrofe ecológica" e apelou à adoção de medidas para evitar a continuação da poluição das zonas afetadas.

O chefe do Kremlin afirmou que cerca de 40% do fuelóleo transportado pelos petroleiros afetados, cerca de 9.200 toneladas, foi derramado no mar.

Os petroleiros "Volgoneft 212" e "Volgoneft 239", ambos construídos há mais de 50 anos para a navegação fluvial e posteriormente adaptados para navegar no mar, afundaram-se perto do Estreito de Kerch, que liga o Mar Negro ao Mar de Azov, durante uma tempestade.

O primeiro partiu-se em dois a cerca de sete/oito quilómetros da costa e o segundo andou à deriva durante várias horas antes de finalmente encalhar a cerca de 80 metros da costa em Krasnodar, uma das regiões mais visitadas pelos turistas russos.

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