O novo pacote de assistência incluirá financiamento para mais munições para mísseis Patriot, sistemas e mísseis de defesa aérea Hawk e pequenos 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados) Puma que podem ser lançados manualmente.
A mais recente injeção de financiamento - um dos maiores pacotes já fornecidos pelos Estados Unidos da América (EUA) - ocorre quando há sinais de que a Ucrânia está a começar ou prestes a começar a tão anunciada contraofensiva para tentar recuperar território ocupado pelas forças russas.
Ao contrário dos equipamentos, armas e munições que são enviadas com mais frequência das reservas do Pentágono e entregues rapidamente a Kiev, este novo montante será fornecido através da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia e deve ser gasto nos próximos meses ou até próximos anos para garantir futuras necessidades de segurança da Ucrânia.
Em comunicado, o Pentágono informou que o pacote mostra o compromisso contínuo dos EUA "tanto com as capacidades críticas de curto prazo da Ucrânia, quanto com a capacidade duradoura das Forças Armadas da Ucrânia de defender o seu território e deter a agressão russa a longo prazo".
A ajuda também incluirá munições para foguetes guiados a laser, uma quantidade não revelada de cartuchos de artilharia e financiamento para treino e suporte de manutenção.
Vários funcionários do Governo reconheceram que os combates na Ucrânia se intensificaram nos últimos dias, mas grande parte do foco voltou-se no início desta semana para o colapso da barragem de Kakhovka no rio Dniepre (no sul da Ucrânia).
A Casa Branca (Presidência norte-americana) e o Pentágono insistiram na quinta-feira que ainda estão a trabalhar para tentar determinar quem causou a destruição parcial da barragem, que desencadeou graves inundações e uma situação de emergência na região, com milhares de pessoas retiradas e desalojadas.
Embora os EUA estejam dispostos a fornecer milhares de milhões de dólares em armas militares e outras ajudas, o Governo do Presidente Joe Biden deixou claro que não haverá forças de combate norte-americanas em território ucraniano.
Nesse sentido, o general Pat Ryder, secretário de imprensa do Pentágono, disse na quinta-feira que os militares não tinham planos de fornecer transporte ou outro tipo de apoio direto nas áreas danificadas pelo colapso da barragem.
O Governo de Biden forneceu mais de 37,6 mil milhões de dólares (35 mil milhões de euros) em assistência de segurança à Ucrânia desde a invasão da Rússia.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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