Stoltenberg espera que contraofensiva ucraniana encoraje Putin a negociar
Uma contraofensiva bem-sucedida da Ucrânia poderá levar o presidente russo, Vladimir Putin, a "sentar-se à mesa das negociações", afirmou hoje o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, no canal de televisão CNN.
© Lusa
Mundo Ucrânia/Rússia
"Quanto mais terreno ganharem [os ucranianos], mais provável é que o Presidente Putin compreenda que tem de se sentar à mesa das negociações e concordar com uma paz justa e duradoura", afirmou o líder da NATO, que deverá ser recebido hoje pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Esta reunião terá lugar apenas algumas semanas antes da Cimeira Anual da NATO, em Vílnius, na Lituânia, teoricamente a última em que participará Jens Stoltenberg, cujo mandato termina no Outono.
"Estou absolutamente convencido de que (os 31 países membros da NATO) encontrarão um excelente sucessor", disse o norueguês, assegurando que a sua "prioridade de momento [é] liderar a aliança até ao fim do [seu] mandato".
Há muita especulação sobre quem sucederá a Jens Stoltenberg, se este prolongará o mandato, se será nomeada a primeira mulher para ocupar este cargo, a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, ou se o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, será uma escolha embora diferente.
Recentemente, Joe Biden afirmou que Ben Wallace era "muito qualificado", mas que teria de ser encontrado um "consenso" no seio da NATO, uma organização por vezes repleta de tensões, como ilustrado pelo complicado processo de adesão da Suécia.
Há treze meses que Ancara bloqueia a entrada da Suécia na Aliança Atlântica, criticando a Turquia a Suécia por acolher militantes curdos no seu território.
Jens Stoltenberg garantiu que, apesar de tudo, está "muito confiante" e sublinhou os esforços feitos pela Suécia para chegar a um acordo com a Turquia.
Na segunda-feira, a Suécia anunciou a extradição para a Turquia de um militante do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), condenado no seu país por tráfico de droga, cumprindo assim uma condição imposta por Ancara para a entrada deste país nórdico na NATO.
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