"Compartilhamos as preocupações do Congresso sobre uma potencial parceria de segurança entre a África do Sul e a Rússia", disse a jornalistas Judd Devermont, responsável pela África subsaariana na Casa Branca.
O embaixador norte-americano em Pretória, Reuben Brigety, acusou recentemente o governo sul-africano de fornecer armas à Rússia, país que há mais de um ano trava uma ofensiva militar contra a Ucrânia, provocando fortes protestos nos Estados Unidos da América (EUA).
Segundo o diplomata, um cargueiro russo atracou em dezembro perto da Cidade do Cabo antes de retornar à Rússia carregado de armas e munições.
Em carta, influentes congressistas norte-americanos pediram que a África do Sul deixasse de se beneficiar de vantagens comerciais no âmbito de uma lei norte-americana para o desenvolvimento de África.
A Lei Africana de Crescimento e Oportunidades (AGOA), que expira em 2025, concede acesso privilegiado ao mercado norte-americano a países africanos que cumpram determinados critérios democráticos.
As autoridades eleitas dos EUA sugerem que tal entrega de armas, se comprovada, violaria as sanções norte-americanas e pediram que a próxima reunião no âmbito da AGOA, anteriormente planeada para decorrer na África do Sul, ocorra agora em outro país.
A África do Sul, próxima do Kremlin desde os tempos da luta contra o regime de segregação racial do 'apartheid', recusou-se a condenar a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, dizendo que queria permanecer neutra.
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