"Sempre que ele diz que vai regressar, penso que é muito pouco provável que consiga fazer alguma coisa antes das próximas eleições" previstas para 2024, afirmou hoje, durante a apresentação do livro "Como Westminster funciona... e porque não funciona".
Especialista em política, Dunt afirma que o antigo primeiro-ministro vai ter dificuldades em conseguir candidatar-se depois porque que "há um limite para a paciência com ele do Partido Conservador".
"Se ele tem uma base de apoio, é nos meios de comunicação social e não no país ou no Parlamento, é nas páginas do The Daily Telegraph, da [revista] Spectator, do Daily Mail e do [Daily] Express", vincou.
Boris Johnson anunciou na semana passada a renúncia ao cargo de deputado na semana passada ter sido informado de que seria sancionado por ter mentido ao parlamento.
O antigo primeiro-ministro foi objeto de um inquérito parlamentar sobre declarações que fez, quando afirmou repetidamente que as restrições sanitárias foram respeitadas em Downing Street durante a pandemia covid-19, apesar de notícias revelando a realização de festas.
O resultado ainda não foi publicado, mas Johnson descreveu o inquérito como uma "caça às bruxas" e a comissão parlamentar responsável, que tem uma maioria de deputados Conservadores, de ser um "pseudotribunal".
"A resposta de Boris Johnson à comissão é, em si mesma, mais um ato de desrespeito pelo Parlamento", lamentou Dunt.
A eleição parcial para substituir Boris Johnson na circunscrição de Uxbridge and South Ruislip deverá ter lugar no final de julho.
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