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Líder do Wagner rejeita ordem de Putin para assinar contrato com Defesa

O líder do grupo de mercenários Wagner reiterou hoje a recusa de assinar contrato com o Ministério da Defesa russo, após o Presidente, Vladimir Putin, insistir nessa necessidade para dar cobertura legal aos benefícios sociais dos combatentes na Ucrânia.

Líder do Wagner rejeita ordem de Putin para assinar contrato com Defesa
Notícias ao Minuto

16:41 - 14/06/23 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"Quando a pátria estava com problemas, quando era necessária a ajuda do Wagner e fomos todos defendê-la, o Presidente prometeu-nos todas as garantias sociais", escreveu Yevgueni Prigozhin, no seu canal da plataforma digital Telegram.

"Tenho 20.000 mortos. Eles deveriam também assinar um contrato com o Ministério da Defesa?", questionou sarcasticamente Prigozhin.

Quando os mercenários iniciaram a sua participação na guerra russa na Ucrânia, desencadeada a 24 de fevereiro de 2022, "ninguém disse" que seriam "obrigados a assinar acordos com o Ministério da Defesa", referiu.

O dirigente do grupo russo de mercenários, que já no passado fim de semana tinha dito que não assinaria qualquer acordo que o subordinasse à Defesa, reiterou que "nenhum dos combatentes do Wagner está disposto a voltar a percorrer o caminho da vergonha. E, portanto, ninguém assinará contratos".

Quanto aos benefícios sociais, disse que a câmara baixa do parlamento russo (Duma) e Putin "encontrarão uma solução de compromisso" para os Wagner.

"Tanto quanto sei, o Ministério da Defesa está agora a fechar contratos com todos quantos queiram continuar a servir na zona de operações militares especiais. Essa é a única forma de garantir os benefícios sociais", afirmou Putin na terça-feira, durante uma reunião com correspondentes e 'bloggers' militares.

O grupo Wagner não é legal na Rússia, mas o Kremlin permite que opere fora de território russo.

O presidente da comissão de Defesa da Duma, Andrei Kartapolov, disse na terça-feira que estão a ser preparadas propostas para determinar o estatuto legal da empresa militar privada.

"Não estamos a falar de legalização, estamos a falar de determinar a sua forma jurídica de acordo com a nossa legislação", explicou.

Leia Também: Grupo Wagner considera sair da Ucrânia depois de Bakhmut

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