"Quando a pátria estava com problemas, quando era necessária a ajuda do Wagner e fomos todos defendê-la, o Presidente prometeu-nos todas as garantias sociais", escreveu Yevgueni Prigozhin, no seu canal da plataforma digital Telegram.
"Tenho 20.000 mortos. Eles deveriam também assinar um contrato com o Ministério da Defesa?", questionou sarcasticamente Prigozhin.
Quando os mercenários iniciaram a sua participação na guerra russa na Ucrânia, desencadeada a 24 de fevereiro de 2022, "ninguém disse" que seriam "obrigados a assinar acordos com o Ministério da Defesa", referiu.
O dirigente do grupo russo de mercenários, que já no passado fim de semana tinha dito que não assinaria qualquer acordo que o subordinasse à Defesa, reiterou que "nenhum dos combatentes do Wagner está disposto a voltar a percorrer o caminho da vergonha. E, portanto, ninguém assinará contratos".
Quanto aos benefícios sociais, disse que a câmara baixa do parlamento russo (Duma) e Putin "encontrarão uma solução de compromisso" para os Wagner.
"Tanto quanto sei, o Ministério da Defesa está agora a fechar contratos com todos quantos queiram continuar a servir na zona de operações militares especiais. Essa é a única forma de garantir os benefícios sociais", afirmou Putin na terça-feira, durante uma reunião com correspondentes e 'bloggers' militares.
O grupo Wagner não é legal na Rússia, mas o Kremlin permite que opere fora de território russo.
O presidente da comissão de Defesa da Duma, Andrei Kartapolov, disse na terça-feira que estão a ser preparadas propostas para determinar o estatuto legal da empresa militar privada.
"Não estamos a falar de legalização, estamos a falar de determinar a sua forma jurídica de acordo com a nossa legislação", explicou.
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