A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, acusou, na quinta-feira, a Ucrânia de estar disposta a "pagar tudo pela assistência militar que recebe", incluindo "órgãos humanos dos seus cidadãos".
"O regime de Kyiv está disposto a pagar tudo pela assistência militar que recebe. Agora, está mesmo a chegar aos órgãos humanos dos seus cidadãos", afirmou Zakharova, à margem do Fórum Económico Internacional de São Petersburgo, citada pela agência de notícias russa TASS.
"Chegará provavelmente o momento em que a Ucrânia compreenderá a verdadeira razão pela qual os seus falsos amigos americanos e europeus se preocupam com ela. Mas isso não será suficientemente cedo. No entanto, mais vale tarde do que nunca", alertou.
A diplomata russa referiu que "as organizações internacionais estão a ignorar este fenómenos óbvios e criminosos" e que os países ocidentais são os principais beneficiários de transplantes ilegais na Ucrânia.
"O cenário foi ensaiado na Jugoslávia. Todos os órgãos que foram retirados das pessoas, que foram mortas nessa altura, foram para satisfazer as necessidades dos ocidentais", atirou.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que quase nove mil civis morreram e cerca de 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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