Chefe da diplomacia saudita visita Teerão após reatar laços diplomáticos
O chefe da diplomacia saudita chegou hoje a Teerão para uma visita oficial, três meses depois de o Irão e a Arábia Saudita terem concordado em normalizar as relações após uma rutura de sete anos.
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Mundo Irão/Arábia Saudita
Faisal bin Farhan vai encontrar-se com o homólogo iraniano, Hosein Amir Abdolahian, e com o Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, segundo a comunicação social iraniana, citada pela agência espanhola EFE.
O ministro saudita transmitirá a Raisi uma mensagem do rei Salman bin Abdulaziz al Saud da Arábia Saudita, informaram os meios de comunicação social iranianos.
O diplomata saudita irá também analisar os trabalhos de reabertura da embaixada e consulado da Arábia Saudita em solo iraniano, cujos funcionários ficarão, para já, instalados num hotel em Teerão, segundo as mesmas fontes.
O Irão e a Arábia Saudita, países rivais que lideram o Islão sunita e xiita no Médio Oriente, chegaram a um acordo, em março, para normalizar as relações que tinham cortado em 2016.
O acordo foi mediado pela República Popular da China.
Como parte do acordo, o Irão reabriu a embaixada em Riade e o consulado geral na cidade de Jidá no início de junho.
A Arábia Saudita ainda não reabriu os escritórios diplomáticos em solo iraniano devido a razões técnicas.
Riade cortou as relações diplomáticas com Teerão na sequência de ataques às suas representações diplomáticas no Irão, motivados pela execução de um clérigo xiita pelo reino árabe.
O acordo para o restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países abriu caminho para a readmissão da Síria na Liga Árabe, após 12 anos de suspensão.
Também permitiu conversações entre o Irão e o Egito para normalizar as relações e negociações de paz no Iémen.
Teerão e Riade pretendem criar uma nova aliança com outros países da região para "garantir a segurança regional" no norte do Oceano Índico, disseram hoje fontes iranianas.
A aliança poderá juntar Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Bahrein, Iraque, Índia, Paquistão, Omã e Irão, segundo as fontes citadas pela EFE.
O Irão e a Arábia Saudita disputam há anos a hegemonia regional e apoiam lados rivais em conflitos na região, como a longa guerra no Iémen.
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