A delegação de sete dirigentes viajou para a Rússia depois de ter estado na Ucrânia, onde se reuniu com o Presidente Volodymyr Zelensky, para tentar ajudar a pôr fim à guerra entre os dois países europeus.
A presidência sul-africana disse que Putin deverá receber Ramaphosa antes do encontro com a delegação.
"O Presidente Ramaphosa chegou a São Petersburgo (...), onde deverá manter conversações com o líder russo, Vladimir Putin, antes de uma reunião com todos os mediadores africanos", disse a presidência no Twitter, segundo a agência francesa AFP.
Além de Ramaphosa, integram a delegação os presidentes das Comores, Azali Assoumani (atual presidente da União Africana), do Senegal, Macky Sall, e da Zâmbia, Hakainde Hichilema.
O primeiro-ministro do Egito, Mostafa Madbouly, também integra a delegação, que inclui ainda enviados da República do Congo e do Uganda.
Putin participou no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo (SPIEF, na sigla em inglês), durante o qual anunciou, na sexta-feira, a transferência das primeiras armas nucleares táticas russas para a Bielorrússia.
O líder russo presidiu, hoje de manhã, ao hastear das bandeiras da Federação Russa, da União Soviética e do Império Russo num parque inaugurado em 1995, no 300.º aniversário da fundação da cidade pelo czar Pedro I.
Putin chegou às águas do Golfo da Finlândia num barco, de onde assistiu à cerimónia, segundo a agência oficial russa TASS.
A missão de paz africana é uma iniciativa de Ramaphosa e visa aproximar russos e ucranianos de uma solução negociada para a guerra provocada pela invasão militar russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
A presidência sul-africana disse que as conversações com Zelensky foram construtivas.
Em declarações a uma agência ucraniana, o conselheiro presidencial ucraniano Mikhail Podoliak disse hoje que a delegação visitou Kiev apenas para falar sobre o mandado internacional de detenção de Putin.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de detenção contra Putin em março, por crimes de guerra devido à alegada deportação de crianças ucranianas para a Rússia.
Podoliak também considerou que o bombardeamento russo de Kiev no dia da visita da delegação chefiada por Ramaphosa destruiu a lealdade de alguns países africanos para com a Rússia, embora sem especificar.
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