De acordo com o Ministério da Cultura, Turismo e Antiguidades do Iraque, num comunicado hoje divulgado e citado pela agência EFE, "durante uma visita a Itália (...), o ministro da Cultura, Turismo e Antiguidades, Ahmed Fakak al Badrani, recebeu uma peça histórica do Império Assírio, da época do rei assírio Samanasar III".
A tábua recuperada tem uma inscrição com "escrita cuneiforme que glorifica o rei assírio que construiu o Zigurat", um templo da antiga civilização da Mesopotâmia, na cidade de Nimrud, a cerca de 30 quilómetros a sul da atual Mossul.
O ministro iraquiano mostrou "felicidade" por recuperar aquela peça "de grande valor arqueológico", que representa "uma pequena parte de uma grande história que começou há milhares de anos na Mesopotâmia".
"Continua a cooperação com todas as entidades arqueológicas e diplomáticas do mundo, para recuperar peças roubadas e contrabandeadas", lê-se no comunicado hoje divulgado.
Em 2021, os Estados Unidos da América devolveram ao Iraque uma das obras literárias mais antigas da história da Humanidade: a Epopeia de Gilgamesh. Esta peça junta-se a outras 17 mil roubadas antes, durante e depois da invasão norte-americana de 2003.
Em 2003, após a ocupação de Bagdade pelas tropas norte-americanas, milhares de peças da antiga Mesopotâmia foram levadas do Museu Nacional do Iraque. Em apenas seis dias, gangues e saqueadores levaram mais de 13 mil peças arqueológicas numeradas.
Atualmente, milhares de artefactos da antiga Mesopotâmia estão nas mãos de colecionadores privados ou de leiloeiras como a Live Auctioneers e a Sothebys, onde relíquias iraquianas podem ser compradas 'online' por poucas centenas de dólares.
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