"Um morto e oito feridos [entre] funcionários dos serviços de socorro em Kherson", disse o governante ucraniano na conta pessoal na rede social Telegram, denunciando provas de "baixeza e de medo" por parte do exército russo.
"Os feridos estão a receber tratamento de emergência", acrescentou Klimenko.
De acordo com a Procuradoria-Geral, que confirmou o número de mortos num comunicado e abriu um inquérito, o "grupo de salvamento foi alvo de fogo russo enquanto trabalhava para mitigar as consequências das inundações" causadas pela destruição de uma barragem na região a 06 de junho.
Na sequência das explosões que destruiram a barragem, a cidade de Kherson e várias aldeias vizinhas, situadas 70 quilómetros a jusante da barragem no rio Dniepr, viram a água subir vários metros.
A subida das águas provocou a morte de pelo menos 16 pessoas nas zonas controladas por Kiev e obrigou milhares de civis a fugir da zona.
As autoridades ucranianas também enviaram centenas de equipas de salvamento para a zona.
Kiev e os países ocidentais acusam Moscovo de ter destruído a barragem de Kakhovka, uma infraestrutura fundamental que fornece água à Crimeia anexada à Rússia e que está na rota das tropas ucranianas para reconquistar os territórios ocupados.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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