Modi, que parou e curvou-se perante uma estátua do líder da independência indiana assassinado, Mahatma Gandhi, defendeu que o ioga é uma prática para todas as idades, portátil e acessível a todas as religiões e culturas.
"É uma tradição muito antiga, mas como todas as antigas tradições indianas, também é viva e dinâmica", destacou o chefe do governo da Índia, de 72 anos, realçando: "O yoga é verdadeiramente universal".
Embora a ioga seja um método para a boa forma física, a calma mental e o estabilidade emocional, "não se trata apenas de fazer exercícios num colchão, o ioga é um modo de vida", sublinhou o governante da nação mais populosa do mundo.
Para Modi, que chegou terça-feira a Nova Iorque para uma viagem onde pretende discutir os conflitos globais, destacar uma antiga busca pela tranquilidade interior foi uma escolha inteligente e simbólica, para um líder que fez do ioga uma prática pessoal e uma ferramenta diplomática, noticiou a agência Associated Press (AP).
O governante ocupou o seu lugar entre uma multidão com mais de 1.000 pessoas, participando nos 35 minutos seguintes em exercícios respiratórios, meditação, 'backbends' e outras poses.
Este evento realizou-se no âmbito do Dia Internacional do Ioga, que Modi persuadiu a ONU a designar em 2014 como uma prática anual.
A versão deste ano estabeleceu um recorde mundial do Guinness, anunciado no local, devido ao número máximo de nacionalidades participantes -- 135 -- numa aula de ioga.
Entre os presentes, estiveram o ator Richard Gere, a cantora e atriz Mary Millben, o presidente da câmara de Nova Iorque, Eric Adams, o presidente da Assembleia Geral da ONU, Csaba Korösi, e a secretária-geral adjunta Amina Mohammed, entre outros.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, que se encontra numa conferência em Paris, enviou um vídeo de felicitações.
Entre os momentos de meditação, fizeram-se ouvir os manifestantes do outro lado da rua, com cerca de 200 apoiantes e 50 críticos a marcarem presença.
O grupo pró-Modi gritou saudações ao primeiro-ministro, mostrando cartazes com mensagens como: "A América dá as boas-vindas a Narendra Modi". Os opositores gritaram: "Modi, volte para trás!", agitando grandes bandeiras amarelas em referência ao Khalistan, o nome da pátria que os separatistas sikhs procuram criar na Índia.
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