"O nosso princípio é simples: o mundo deve saber o que o ocupante está a preparar. E todos devem agir", disse o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, na quinta-feira, alertando para os riscos de uma "catástrofe radioativa".
Nesse dia, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) tinha dito que a situação militar em redor da central nuclear estava "cada vez mais tensa".
Embora o último dos seis reatores da central tenha sido encerrado no outono passado, para reduzir o risco de um colapso, vários especialistas alertaram para o facto de isso ainda poder acontecer se o sistema de arrefecimento do núcleo do reator e do combustível nuclear irradiado perder energia.
Ao longo de vários meses de combate, a Rússia e a Ucrânia trocaram acusações sobre qual dos lados estava a contribuir para os riscos de aumentar a possibilidade dos cenários mais catastróficos.
Hoje, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, reuniu-se com o chefe da agência nuclear estatal russa, Rosatom, em Kaliningrado, um enclave russo no Báltico, para discutir as condições da central.
O diretor da Rosatom, Alexey Likachev, pediu à agência da ONU medidas concretas para evitar que a central nuclear seja afetada pelos combates.
Também hoje, o governador de Zaporijia, Yuriy Malashko, informou que um bombardeamento russo na província do sul tinha matado duas pessoas no dia anterior, provando os riscos da proximidade do conflito em relação à central.
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