"Não houve uma invasão armada da Crimeia"? Ucrânia já respondeu a Obama

O antigo presidente dos EUA considerou que a península "estava cheia de muitos falantes de russo e havia alguma simpatia pelos pontos de vista que a Rússia estava a representar".

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© Michelle Gustafson/Bloomberg via Getty Images

Notícias ao Minuto
23/06/2023 18:40 ‧ 23/06/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O antigo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que estava no poder aquando da anexação da Crimeia, em 2014, defendeu, na quinta-feira, que "não houve uma invasão armada" da península. A Ucrânia já respondeu, lamentando que o "direito internacional praticamente não exista".

Numa entrevista à CNN Internacional, Obama justificou a resposta  dos Estados Unidos à anexação da Crimeia pela Rússia - que se baseou em apenas sanções - e defendeu que "a Ucrânia daquela época não era a Ucrânia de que estamos a falar hoje".

"Há uma razão para não ter havido uma invasão armada da Crimeia, porque a Crimeia estava cheia de muitos falantes de russo e havia alguma simpatia pelos pontos de vista que a Rússia estava a representar", defendeu.

Obama defendeu ainda a ex-chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que também foi criticada pela sua aproximação à Rússia e por não ter agido durante a anexação da Crimeia. "Tanto eu como Merkel, a quem atribuo um enorme mérito, tivemos de puxar por muitos outros europeus para impor as sanções que impusemos e para impedir que [o presidente russo] Vladimir Putin continuasse a atravessar o Donbass para o resto da Ucrânia", afirmou.

"Dada a situação em que se encontrava a Ucrânia e a mentalidade europeia na altura, mantivemos a linha", defendeu, acrescentando: "Desafiámos Putin com as ferramentas que tínhamos na época".

O conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak criticou a posição de Obama, que considerou ser "estranha", mas que justifica que o "direito internacional praticamente não exista". 

Na ótica do conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenksy, agora "não nos devemos surpreender que hoje exista uma agressão russa em grande escala na Europa que está a tirar centenas de milhares de vidas" e o que o "direito internacional praticamente não exista"

"O atual regime autoritário russo (nazi) é um reflexo flagrante de uma ‘política ocidental’ específica anterior à guerra. Talvez seja altura de começar a admitir os erros críticos em vez de inventar novas desculpas?", atirou.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de nove mil civis morreram e quase 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Rússia não informará EUA sobre número de armas nucleares na Bielorrússia

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