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ONU. Reino Unido, EUA e França notam uso de drones iranianos pela Rússia

A crescente cooperação militar entre Rússia e Irão foi hoje denunciada junto das Nações Unidas por Estados Unidos, Reino Unido, França e outros países, que pediram à ONU para investigar o uso de equipamento militar iraniano contra a Ucrânia.

ONU. Reino Unido, EUA e França notam uso de drones iranianos pela Rússia
Notícias ao Minuto

18:57 - 23/06/23 por Lusa

Mundo ONU

De acordo com esta declaração conjunta - que foi lida pela embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield -- existem provas de que os 'drones' iranianos estão a ser usados pela Rússia para atacar Kiev e outras cidades ucranianas, o que viola a Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU.

Esta resolução proíbe todos os países -- incluindo membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU -- de transferir este tipo de armas do Irão sem a aprovação prévia do Conselho de Segurança.

A Ucrânia e o Reino Unido dizem ter apresentado provas à ONU de 'drones' iranianos recuperados pelas forças ucranianas nos campos de batalha.

No comunicado conjunto, os cinco países dizem que "as violações foram devidamente relatadas à ONU", bem como informações adicionais, numa ação que visa pedir à comunidade internacional que investigue essas violações.

"Temos a obrigação de informar os Estados membros que violam as resoluções do Conselho de Segurança. (...) E devemos continuar a responsabilizar a Rússia pelos seus crimes contra o povo ucraniano. E devemos continuar a pedir à Rússia que silencie as suas armas e abrace a diplomacia", disse Thomas-Greenfield, durante um 'briefing' do Conselho de Segurança da ONU.

A embaixadora norte-americana junto das Nações Unidas assegurou que o seu país continuará a apoiar a Ucrânia perante "os ataques selvagens da Rússia", alegando que "ceder à agressão de Moscovo colocará em risco todos os países, grandes e pequenos, novos e antigos".

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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