Rússia deixa alerta contra uso de rebelião para "objetivos russofóbicos"
"Advertimos os países ocidentais contra qualquer indício de possível utilização da situação interna russa para atingir os seus objetivos russofóbicos", alertou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
© STRINGER/AFP via Getty Images
Mundo Rússia
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia divulgou, este sábado, um comunicado sobre a "tentativa de insurreição armada" no país e alertou os países do Ocidente "contra qualquer indício de possível utilização da situação interna russa para atingir os seus objetivos russofóbicos".
No comunicado, citado pela imprensa internacional, o ministério tutelado por Sergey Lavrov começou por afirmar que a "rebelião armada" do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, é "fortemente ressentida na sociedade russa, que apoia firmemente o presidente russo, Vladimir Putin".
Trata-se de uma "rebelião" que tem como objetivo "destabilizar a situação na Rússia" e "minar os esforços da Federação Russa para garantir de forma fiável a segurança internacional" e, por isso, "joga a favor dos inimigos externos da Rússia".
"Advertimos os países ocidentais contra qualquer indício de possível utilização da situação interna russa para atingir os seus objetivos russofóbicos. Tais tentativas são inúteis e não encontrarão eco nem na Rússia nem entre as forças políticas sensatas no estrangeiro. Estamos convencidos de que, num futuro próximo, a situação encontrará uma solução digna da sabedoria milenar do povo russo e do Estado da Rússia", frisou o ministério, acrescentando que "todos os objetivos da operação militar especial serão cumpridos".
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou hoje a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.
Putin qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".
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