"A coluna militar do grupo Wagner deixou Rostov e dirigiu-se para o seu acampamento", indicou Vassili Golubev na plataforma digital Telegram, sem fornecer mais pormenores.
Prigozhin suspendeu ao fim da tarde as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade estratégica para a guerra na Ucrânia, situada no sudoeste do país.
O Presidente russo, Vladimir Putin, classificou como rebelião a ação do grupo e afirmou tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não iria deixar acontecer uma "guerra civil" e que os responsáveis pagariam por isso.
Ao fim do dia em que foi notícia o avanço de forças do grupo Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Kremlin, mediado pelo Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.
Pouco depois, o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, confirmou o acordo, nos termos do qual Prigozhin partirá para a Bielorrússia, o processo criminal contra ele será arquivado e os seus combatentes não serão perseguidos pela justiça russa, tendo em conta os feitos na frente de batalha ucraniana.
Antes, o chefe do grupo paramilitar acusara o exército russo de atacar acampamentos dos mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações que expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à guerra na Ucrânia.
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