Mais de dois milhões de muçulmanos são esperados na peregrinação a Meca

Mais de dois milhões de muçulmanos começam hoje a peregrinação a Meca ('hajj'), que acontece anualmente na Arábia Saudita, a primeira que acolherá tantos fiéis desde o início da pandemia de covid-19.

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© SAJJAD HUSSAIN/AFP via Getty Images

Lusa
25/06/2023 13:05 ‧ 25/06/2023 por Lusa

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Meca

Riade, 25 jun 2023 (Lusa) - Mais de dois milhões de muçulmanos começam hoje a peregrinação a Meca ('hajj'), que acontece anualmente na Arábia Saudita, a primeira que acolherá tantos fiéis desde o início da pandemia de covid-19.

Na grande mesquita de Meca, os fiéis de 160 países começaram cedo hoje o ritual do 'tawaf', que são as voltas realizadas pelos peregrinos ao redor da Caaba, uma grande estrutura cúbica envolta num tecido preto bordado a ouro. Os muçulmanos de todo o mundo devem fazer as suas orações obedecendo à direção em que se encontra a Caaba.

Um responsável saudita disse hoje que é esperado um público recorde.

"Este ano vamos assistir à maior peregrinação da história (...). O número de peregrinos ultrapassará os 2,5 milhões", se tudo correr como planeado, segundo o responsável saudita, que pediu anonimato.

A 'hajj', considerada um dos cinco pilares do Islão, deve ser realizada pelo menos uma vez na vida de um muçulmano praticante e com condições financeiras.

Consiste numa série de ritos religiosos realizados durante vários dias na cidade santa de Meca e nos seus arredores.

Hoje à noite, os peregrinos devem viajar para Mina, cidade a cerca de cinco quilómetros da grande mesquita, onde passarão a noite antes do rito principal no Monte Arafat, onde o profeta Maomé teria proferido o seu último sermão.

Mina, uma cidade de tendas brancas, prepara-se para receber hoje os peregrinos, com a entrega de alimentos e o envio de forças de segurança ao redor da área.

A realização das duas principais peregrinações muçulmanas, a 'hajj' e a 'umrah' (uma peregrinação mais pequena), confere prestígio e legitimidade aos governantes sauditas.

Muitas tragédias, incluindo debandadas mortais, marcaram a história do 'hajj', mas nenhum acidente grave foi registado desde 2015.

As altas temperaturas, com quase 45 graus Celsius, representam um desafio crescente e as autoridades criaram vários centros de saúde e mobilizaram 32.000 paramédicos.

A patrulhar a pé, sob guarda-chuvas brancos para se proteger do sol, os polícias molham os peregrinos com jatos de água.

Dentro da grande mesquita, milhares de equipas de socorro estão prontas para atender as emergências.

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