Futuro do Grupo Wagner? "Não está decidido, mas não é preciso proibi-lo"
O presidente do Comité de Defesa da Duma (parlamento russo), Andrey Kartapolov, avançou, este domingo, que está a ser trabalhada uma lei para regular o Grupo Wagner.
© ALEXEY NIKOLSKY/AFP via Getty Images
Mundo Rússia
O presidente do Comité de Defesa da Duma (parlamento russo), Andrey Kartapolov, avançou, este domingo, que está a ser trabalhada uma lei para regular o Grupo Wagner, após os mercenários liderados por Yevgeny Prigozhin terem lançado uma rebelião na Rússia.
"O destino do Wagner PMC não está decidido, mas não é preciso proibi-lo, uma vez que se trata de uma unidade pronta para o combate, e as questões são para a sua liderança, e não para os combatentes", referiu Kartapolov, em declarações ao jornal económico russo Vedomosti.
As observações de Kartapolov ecoam as do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que avançou, no sábado, que tinha sido alcançado um acordo sobre "o regresso do PMC Wagner aos seus locais". "Parte deles, aqueles que o desejarem, assinarão posteriormente contratos com o Ministério da Defesa - isto diz respeito àqueles que não participaram na marcha" ordenada por Prigozhin, apontou.
Recorde-se que o chefe do grupo paramilitar Wagner, Prigozhin, suspendeu no sábado as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.
Putin qualificou, no sábado, de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição.
No final do dia de sábado, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com Lukashenko.
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