Apenas na quarta-feira, as autoridades locais registaram a chegada de 1.300 migrantes, indicou a agência noticiosa AdnKronos.
A maioria das embarcações era procedente da Tunísia, apesar de continuarem a chegar migrantes oriundos da Líbia.
O Ministério do Interior italiano calcula que mais de 61.300 migrantes chegaram às costas de Itália desde o início deste ano, mais do dobro dos 27.300 registados no mesmo período de 2022.
O Governo italiano liderado por Giorgia Meloni tem tentado conter este fluxo através de medidas repressivas dirigidas às organizações não-governamentais (ONG) que realizam operações de busca e resgate, apelando igualmente à solidariedade europeia.
Itália, a par da Grécia, Espanha ou Malta, é um dos países da "linha da frente" ao nível das chegadas de migrantes irregulares à Europa.
O país está integrado na chamada rota do Mediterrâneo Central, encarada como uma das mais mortais, que sai da Tunísia, Argélia e da Líbia em direção ao território italiano, em particular à ilha de Lampedusa, e a Malta.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) indicou que em 2023 já perderam a vida mais de 1.700 pessoas na zona central do Mediterrâneo. Desde 2014, foram contabilizadas pelo menos 22.000 vítimas mortais nesta rota migratória.
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