O chefe de gabinete do presidente ucraniano afirmou esta quarta-feira que a posição da China diante de uma potencial ameaça nuclear da Rússia é "importante", reporta a agência Reuters.
Andriy Yermak publicou um printscreen de um artigo do Financial Times sobre o alerta do líder chinês Xi Jinping ao presidente russo, Vladimir Putin, contra um ataque nuclear na Ucrânia.
"Uma posição importante sobre uma ameaça nuclear de um louco terrorista russo", escreveu na legenda da publicação na rede social Telegram.
Em causa estão os temores em torno da segurança da central de Zaporíjia, com a Rússia e a Ucrânia a acusarem-se mutuamente do planeamento de ataques às instalações.
O Exército ucraniano alertou para "a possível preparação de uma provocação no território da central de Zaporíjia num futuro próximo".
A instituição militar afirma que "objetos semelhantes a artefactos explosivos foram colocados no teto externo dos reatores 3 e 4" e que "a sua detonação não deve danificar os geradores, mas dar a impressão de bombardeamentos do lado ucraniano", avisando que Moscovo "usará a desinformação sobre este assunto".
Em Moscovo, um assessor do grupo nuclear russo Rosatom, Renat Karchaa, acusou, por sua vez, Kyiv de preparar um ataque à central.
"Recebemos informações que estou autorizado a revelar. Em 5 de julho, durante a noite, em completa escuridão, o Exército ucraniano tentará atacar a central nuclear de Zaporíjia", disse Karchaa à televisão russa.
De acordo com o assessor da Rosatom, Kyiv planeia usar "armas de precisão de longo alcance" e 'drones'.
Caindo nas mãos do Exército de Moscovo em 4 de março de 2022, logo a seguir ao início da invasão russa, em 24 de fevereiro do ano passado, a maior central de energia atómica da Europa foi alvo de vários ataques, que ambas as partes negam a autoria, e teve a rede elétrica cortada em várias ocasiões.
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