De acordo com a agência palestiniana WAFA, o desfile iniciou-se no Hospital público de Jenin, onde se encontravam os corpos dos palestinianos mortos, e terminou no cemitério do campo de refugiados.
Alguns dos participantes transportaram aos ombros os caixões e que foram colocados uns ao lado dos outros no cemitério, onde na terça-feira já tinham sido enterrados dois outros palestinianos. A última vítima mortal foi enviada para a localidade de Maizalon, perto de Jenin.
Nas cerimónias estiveram presentes altos cargos palestinianos e líderes de grupos armados palestinianos que exigiram às instâncias internacionais "proteção" para a população civil dos Territórios Palestinianos Ocupados.
Israel disse que entre os mortos não se encontram civis, mas cinco das vítimas eram adolescentes.
O Exército do Estado judaico justificou a operação de segunda e terça-feira com o objetivo de impedir que essa região da Cisjordânia "não seja um lugar seguro" para "terroristas" face ao agravamento da violência nos últimos meses, enquanto o primeiro-ministro palestiniano, Mohammad Shtayyeh, afirmou que "é o povo palestiniano que tem direito à autodefesa", um direito que "uma potência ocupante não tem".
O aumento das tensões nos últimos meses já provocou a morte de mais de 185 palestinianos e 25 israelitas, e receia-se um aumento generalizado da violência.
As tensões agravaram-se particularmente a partir de 19 de junho, quando uma incursão militar do Exército israelita em Jenin provocou a morte de sete palestinianos, incluindo dois menores, e mais de 90 feridos.
Um dia depois, quatro israelitas foram mortos no ataque perto do colonato de Eli.
Neste contexto, centenas de colonos efetuaram ataques contra localidades palestinianas na Cisjordânia ocupada, com o balanço de um morto, enquanto o Exército israelita recorria a um ataque com 'drone' perto de Jenin que matou três palestinianos, membros de grupos da resistência local.
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