"Tudo está em aberto. Estou a avaliar essa possibilidade, mas já estou a sentir a manifestação de um outro país que me pediu para lhe passar a presidência. Agora, estou a ponderar fazê-lo", disse Umaro Sissoco Embalo, em entrevista à Lusa e à RDP, quando questionado sobre se a Guiné-Bissau iria assumir a presidência da CPLP após São Tomé e Príncipe, que receberá a presidência de Angola na próxima cimeira, em 27 de agosto, em São Tomé.
O Presidente destacou também que no próximo ano, em 2024, a Guiné-Bissau deverá assumir, "em princípio", a UEMOA e que "preferia presidir" àquela organização monetária regional em detrimento da CPLP.
"É uma organização monetária da zona. Estamos num período em que estamos a pensar mudar o nome da nossa moeda e estamos a pensar na integração de mais países para termos a nossa moeda comum. Penso que esta batalha sub-regional é importante e depois tenho tempo de presidir à CPLP", explicou o Presidente.
A UEMOA foi criada em 1994 e tem como objetivo criar na África Ocidental um espaço económico com total liberdade de circulação de pessoas, capitais, bens e serviços e é integrada por oito países que têm como moeda única o franco cfa.
Além da Guiné-Bissau, a organização regional económica é integrada pelo Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Mali, Níger, Senegal e Togo.
"A Guiné-Bissau é também candidata à presidência da União Africana. Tenho a solidariedade e o acordo dos meus colegas. Se não tivesse desempenhado bem a presidência da CEDEAO nunca poderia ser candidato à presidência rotativa da União Africana", disse Umaro Sissoco Embaló.
O presidente argumentou ainda que também tem de se concentrar na política interna, tendo já admitido que pretende recandidatar-se nas próximas presidenciais, previstas para 2025.
A CPLP realiza a sua cimeira em 27 agosto em São Tomé e Príncipe, sendo este país a assumir a presidência nos próximos dois anos.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
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