Presidente do Irão visita Quénia, Uganda e Zimbabué

O Presidente do Irão, Ebrahim Raissi, iniciará finalmente a sua visita de três dias a África no Quénia, na quarta-feira, um dia mais tarde do que o previsto, anunciou hoje o Governo queniano.

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Lusa
11/07/2023 13:36 ‧ 11/07/2023 por Lusa

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Irão

A viagem de três dias será a primeira visita de um Presidente da República Islâmica a África em 11 anos, e a agência France-Presse dá conta de que esta rara visita a três países africanos - Quénia, Uganda e Zimbabué - constitui uma nova etapa na ofensiva diplomática do Irão para encontrar novos aliados na cena internacional.

"A agenda do Presidente foi alterada para permitir a finalização de memorandos de entendimento fundamentais para a continuação das nossas relações", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Quénia, em comunicado, depois de os dois presidentes terem faltado a uma conferência de imprensa conjunta agendada para hoje, em Nairobi.

"O Presidente iraniano chegará amanhã para a sua visita de Estado", acrescentou o Ministério dos Negócios Estrangeiros numa nota.

De acordo com a agência oficial Irna, Raissi, que lidera uma delegação que inclui empresários, irá encontrar-se com os seus homólogos queniano, William Ruto, ugandês, Yoweri Museveni, e zimbabueano, Emmerson Mnangagwa, durante a sua visita.

Na segunda-feira, o porta-voz da diplomacia iraniana, Nasser Kanani, descreveu a digressão como "um novo ponto de partida" com os países africanos, que estão interessados em "desenvolver as suas relações com o Irão em termos económicos e comerciais".

Esta aproximação "baseia-se também na partilha de pontos de vista políticos" entre Teerão e os três países visitados, escreveu ainda a agência oficial iraniana.

Ao mesmo tempo desta ofensiva diplomática em África, Teerão reforçou os seus laços com a China e a Rússia, no âmbito de uma estratégia orientada para Leste, enquanto as relações com o Ocidente permanecem tensas, apesar das conversações indiretas com Washington, nomeadamente sobre questões nucleares.

Depois da visita à Indonésia, Raissi visitou, em junho, três "países amigos" na América Latina - Venezuela, Nicarágua e Cuba - onde criticou "as potências imperialistas", com os Estados Unidos à cabeça.

Leia Também: Irão não está a fabricar armas nucleares, dizem serviços secretos dos EUA

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