"Houve uma reunião, ela estava de boa saúde e foi uma boa reunião", disse Don Pramudwinai aos jornalistas, à margem de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), em Jacarta.
Myanmar tem estado mergulhado no caos desde que os militares derrubaram o Governo eleito e liderado de facto por Aung San Suu Kyi, em 1 de fevereiro de 2021, alegando fraudes eleitorais.
Em dezembro de 2022, a junta condenou Aung San Suu Kyi a 33 anos de prisão, num julgamento descrito por grupos de direitos humanos como uma farsa.
A líder da Liga Nacional para a Democracia, de 77 anos, e prémio Nobel da Paz em 1991, já tinha estado quase 15 anos em prisão domiciliária entre 1989 e 2010, durante a anterior ditadura militar.
Don Pramudwinai disse à imprensa que se encontrou com Suu Kyi no domingo e que esta apelou para o reinício das conversações para pôr fim à crise.
"Ela encorajou o diálogo", disse o primeiro-ministro tailandês, defendendo "um compromisso com as autoridades em Naypyidaw", referindo-se à junta no poder na capital do país.
Suu Kyi só foi vista uma vez desde o golpe de Estado, em fotografias tiradas por meios de comunicação estatais.
A junta tem recusado repetidos pedidos de diplomatas estrangeiros para se encontrarem com a ex-líder e, durante a maior parte do julgamento de Suu Kyi, os advogados de defesa não foram autorizados a falar com a comunicação social.
Em junho do ano passado, a birmanesa foi transferida da prisão domiciliária, em Naypyidaw, para a solitária na prisão.
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