Buscas por Émile na reta final. "Todas as hipóteses continuam válidas"

A criança desapareceu no passado sábado e as hipóteses de a encontrar viva são cada vez mais ínfimas.

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Notícias ao Minuto
13/07/2023 10:24 ‧ 13/07/2023 por Notícias ao Minuto

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Émile

As buscas pelo pequeno Émile estão praticamente terminadas, sem quaisquer indícios de que o menino francês de Vernet seja encontrado com vida. Esta quinta-feira de manhã, a busca das autoridades judiciais já tinha sido dada como terminada, mas cerca de 50 guardas locais da aldeia de Haut-Vernet, na região de Alpes-de-Haute-Provence, continuavam a vasculhar a zona em busca da criança de 2 anos.

Émile desapareceu no sábado e, após cinco dias de procura e alguns aparentes avanços na investigação, continua a não haver rasto da criança.

Subsistem muitas dúvidas e nenhuma resposta definitiva. Na quinta-feira, o procurador geral da região de Digne-les-Bains, Rémi Avon, deu uma atualização sobre os trabalhos, explicando que há agora um longo trabalho a fazer para analisar todos os recursos recolhidos no campo.

"A investigação judicial às causas do desaparecimento vai continuar, em particular ao analisar a considerável quantidade de informação e elementos recolhidos durante os últimos quatro dias", afirmou, citado pelo Le Parisien.

Questionado sobre se a polícia está a considerar teses de homicídio ou rapto, Avon deixou claro que "todas as hipóteses continuam a ser válidas, nenhuma é privilegiada e nenhuma foi excluída".

"Talvez, sem sabermos, recolhemos uma pista decisiva", admitiu ainda o procurador ao Dauphiné Libéré, esclarecendo que a fase de análise será "longa".

Todos os habitantes da aldeia entrevistados

Até agora, os investigadores já entrevistaram dezenas de pessoas, incluindo todos os 25 habitantes da pequena aldeia e muitos outros na região. Foram também revistados todos os 30 edifícios, todos os 12 veículos e todos os 12 hectares de terra que compõem o espaço de Haut-Vernet.

Na quarta-feira, foram despistadas outras indicações sobre o desaparecimento do menino, incluindo um rasto de sangue encontrado na terça-feira, num caro. Mas, ao final do dia, o procurador anunciou que, afinal, o rasto encontrado no veículo era de origem animal. Foi também concluído que a criança não estava sozinha com os avós na casa de jardim dos mesmos, sendo que, no fim de semana em que desapareceu, encontravam-se dez pessoas na residência.

Depois do desaparecimento de Émile, as autoridades mobilizaram um enorme contingente de guardas, polícias, unidades caninas, helicópteros, drones e também a própria população, todos em busca de sinais que levassem ao encontro da criança.

Uma família "muito discreta" e um pai ligado à extrema-direita

Émile é oriundo de La Bouilladisse, uma localidade situada perto de Marselha, na região da Côte D'Azur. A sua família passava férias em Haut-Vernet há 20 anos na mesma casa de férias, que pertencia aos avós maternos.

O autarca de La Bouilladisse explicou que a família era muito autossuficiente, "muito religiosa e muito discreta", que ia à missa em latim a Marselha em vez de ir à igreja da sua localidade, e com uma grande parte do núcleo familiar a ser escolarizado a partir de casa.

Os pais de Émile mudaram-se para La Bouilladisse como um casal há um ano, e o seu pai, Colomban Soleil, tem sido um nome particularmente analisado na sequência do desaparecimento. Soleil, um engenheiro de 26 anos de Marselha, fez parte do movimento neofascista Bastion Social Marseille e de outros grupos de extrema-direita no sul de França.

Segundo o jornal L'Indépendant, Colomban Soleil foi absolvido em 2018 por suspeitas de ter agredido uma pessoa num ataque alegadamente xenófobo e, em 2021, o seu nome surgiu numa lista de apoio a Éric Zemmour - o candidato presidencial francês que se colocou ainda mais à direita que Marine Le Pen e que se tornou popular pelas suas propostas extremamente islamofóbicas, como banir o nome Mohammed ou destruir mesquitas.

Leia Também: Émile não estava sozinho com avós quando desapareceu. Havia mais família

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