Numa altura em que aumentam os desembarques, na última semana a Guarda Costeira italiana resgatou uma média diária de mil migrantes ao largo da costa, que são transportados para Lampedusa e transferidos para outras regiões de Itália.
Apesar de ter sido criado um programa de transferências imediatas, o número de migrantes no centro de acolhimento, que há algumas semanas foi assumido pela Cruz Vermelha e que tem capacidade para apenas 400 pessoas, não desceu abaixo das 2.000.
Durante a noite, chegaram à ilha 240 migrantes, localizados pela Guarda Costeira quando se encontravam em cinco embarcações, enquanto um outro batelão, com 17 etíopes e sudaneses, conseguiu desembarcar na Plaza de las Palmas. A estes 257 migrantes, juntaram-se mais 653 resgatados na quinta-feira.
Para descongestionar o centro de acolhimento, está previsto que 472 pessoas sejam transferidas hoje à tarde para Porto Empédocle, na Sicília, e outras 180 num um voo 'charter' para Bolonha.
Entre os migrantes que chegaram também quinta-feira a Reggio Calabria (sul) a bordo do barco de patrulha 'Dattilo', da Guarda Costeira, estava o corpo de um rapaz de quatro anos que foi encontrado no mar depois de os socorristas terem indicado que algumas pessoas tinham caído à água. O número exato é desconhecido.
O corpo foi recuperado ao largo da costa de Lampedusa, onde se afundou o barco improvisado em que o rapaz viajava com outros migrantes, 44 no total, incluindo a própria mãe, que não foi encontrada.
As chegadas de migrantes com o bom tempo são incessantes e, até 13 de julho, segundo dados atualizados do Ministério do Interior italianos, 73.865 pessoas tinham chegado à costa italiana, em comparação com 31.671 no mesmo período do ano passado.
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