Mais mercenários do Grupo Wagner chegam à Bielorrússia
Vários mercenários do Grupo Wagner chegaram hoje à Bielorrússia, prosseguindo o plano de realocação para este país após a rebelião do mês passado, de acordo com um grupo local de ativistas.
© Reuters
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O grupo ativista bielorrusso Belaruski Hajun, que está a monitorizar os movimentos de tropas na Bielorrússia, informou que uma coluna composta por mais de 100 veículos com bandeiras russas e insígnias do Grupo Wagner entrou no país, em direção a um acampamento que as autoridades de Minsk disponibilizaram a esta organização paramilitar, liderada por Yevgeny Prigozhin.
Os ativistas bielorrussos indicaram que esta foi a terceira coluna de veículos com elementos do grupo de mercenários a entrar no país desde a semana passada.
O Presidente da Bielorrússia e um reconhecido aliado de Moscovo, Alexander Lukashenko, que negociou um acordo que pôs fim à rebelião do mês passado lançada por Yevgeny Prigozhin contra as altas chefias militares da Rússia, anunciou a medida de receber os mercenários do Grupo Wagner como uma forma das forças armadas bielorrussas beneficiarem da experiência de combate destes operacionais.
Na sexta-feira, a televisão estatal bielorrussa transmitiu um vídeo que mostrava instrutores do Grupo Wagner a treinar as forças de defesa territorial bielorrussas num campo de tiro na região de Asipovichy, onde está localizado um acampamento oferecido aos mercenários.
O grupo Belaruski Hajun disse, na semana passada, que Prigozhin passou uma noite num acampamento perto de Tsel, cerca de 90 quilómetros a sudeste da capital bielorrussa, Minsk.
Na rebelião de 23 de junho, que durou menos de 24 horas, os mercenários de Prigozhin rapidamente tomaram a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e capturaram o quartel-general militar sem disparar um tiro, antes de se dirigirem até perto de Moscovo, com a intenção de derrubar as chefias militares russas.
No final, Prigozhin ordenou aos seus operacionais que voltassem para os acampamentos, depois de fechar um acordo para acabar com a rebelião em troca de uma amnistia para si e para os seus homens, bem como permissão para se transferirem para a Bielorrússia.
O Ministério da Defesa da Bielorrússia não revelou quantos mercenários do Grupo Wagner estão no território bielorrusso.
O Presidente russo, Vladimir Putin, declarou que as tropas do Grupo Wagner podem escolher entre assinar contratos com o Ministério da Defesa, mudar-se para a Bielorrússia ou aposentarem-se das tarefas militares.
Na semana passada, o Ministério da Defesa russo disse que o Grupo Wagner estava a concluir a entrega das suas armas aos militares russos, como parte dos esforços das autoridades de Moscovo para neutralizar a ameaça representada pelos mercenários liderados por Prigozhin.
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