"O Presidente Putin compreende o dilema que a África do Sul enfrenta, mas não quis pôr em perigo a cimeira nem criar problemas à África do Sul", disse o representante diplomático deste país africano junto do bloco BRICS, Anil Sooklal, durante uma conferência de imprensa em Joanesburgo.
Para Sooklal, a decisão do líder russo é um sinal da "maturidade e força do bloco BRICS" -- Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Embora Putin não se desloque à África do Sul, estará praticamente presente em todas as deliberações da cimeira, afirmou o diplomata sul-africano.
"Todas as questões que colocámos na agenda serão discutidas coletivamente e estamos confiantes de que a cimeira será um sucesso", acrescentou.
A conferência de imprensa foi realizada um dia após o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, ter confirmado que o seu homólogo russo não participará na cimeira dos BRICS, que decorre de 22 a 24 de agosto.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de captura contra Putin por alegados crimes de guerra na Ucrânia, e a África do Sul estava obrigada a cooperar na detenção do líder russo no seu território.
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