"Um dos autores do assassínio do funcionário da ONU [Organização das Nações Unidas]" está preso, de acordo com um responsável de segurança, que pediu o anonimato, em declarações à Agência France-Presse.
O suspeito "foi detido na província de Lahej", entre Taiz e Áden, no sul do Iémen, país devastado pela guerra.
Uma outra pessoa, "vista numa mota durante o assassínio, continua em fuga", bem como outros 15 elementos de um grupo terrorista, acrescentou a mesma fonte, sem dar mais pormenores.
O "ataque criminoso bárbaro" aconteceu na província de Taiz (sul), segundo o governo reconhecido pela comunidade internacional.
Depois de ter publicado no Twitter que a vítima era da Jordânia, o ministro da Saúde do Iémen apagou a mensagem, não tendo sido adiantados mais pormenores sobre a identidade do homem.
Já o PAM lamentou "profundamente a morte de um dedicado membro da sua equipa no Iémen", assassinado por homens armados desconhecidos, referiu à Agência France-Presse (AFP), através de 'e-mail', uma porta-voz desta agência da ONU, cuja missão é combater a fome no mundo.
O país mais pobre da Península Arábica, o Iémen, está dividido desde 2014 por um conflito armado entre os Houthis, insurgentes apoiados pelo Irão, e forças pró-governo, apoiadas por uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita.
Terceira cidade do Iémen, Taiz, capital da província com o mesmo nome, está nas mãos de forças pró-governo, mas as entradas da cidade são controladas por rebeldes Houthis.
Em 2018, um funcionário libanês do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) foi morto a tiro contra uma caravana da organização humanitária nesta província.
A guerra no Iémen resultou em centenas de milhares de mortos, milhões de deslocados e mergulhou cerca de 30 milhões de pessoas numa das piores crises humanitárias do mundo, segundo a ONU.
A ONU e organizações de ajuda, que carecem de financiamento, alertam regularmente sobre a fome em grande escala no país.
Os combates praticamente cessaram desde que a ONU negociou uma trégua, há um ano, embora tenha terminado oficialmente em outubro.
Nos últimos meses, iniciativas diplomáticas aumentaram as esperanças de paz, principalmente após a reaproximação entre Irão e Arábia Saudita, encerrando sete anos de rivalidade no Médio Oriente.
Desde o início do 'degelo' em março, Riade retomou laços com a Síria, aliada de Teerão, e intensificou os seus esforços de paz no Iémen.
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