Detido um dos suspeitos da morte de funcionário da ONU no Iémen

Um dos presumíveis autores da morte de um trabalhador do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PAM), na sexta-feira no Iémen, foi detido, avançou a Agência France-Presse.

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Lusa
22/07/2023 21:47 ‧ 22/07/2023 por Lusa

Mundo

Iémen

"Um dos autores do assassínio do funcionário da ONU [Organização das Nações Unidas]" está preso, de acordo com um responsável de segurança, que pediu o anonimato, em declarações à Agência France-Presse.

O suspeito "foi detido na província de Lahej", entre Taiz e Áden, no sul do Iémen, país devastado pela guerra.

Uma outra pessoa, "vista numa mota durante o assassínio, continua em fuga", bem como outros 15 elementos de um grupo terrorista, acrescentou a mesma fonte, sem dar mais pormenores.

O "ataque criminoso bárbaro" aconteceu na província de Taiz (sul), segundo o governo reconhecido pela comunidade internacional.

Depois de ter publicado no Twitter que a vítima era da Jordânia, o ministro da Saúde do Iémen apagou a mensagem, não tendo sido adiantados mais pormenores sobre a identidade do homem.

Já o PAM lamentou "profundamente a morte de um dedicado membro da sua equipa no Iémen", assassinado por homens armados desconhecidos, referiu à Agência France-Presse (AFP), através de 'e-mail', uma porta-voz desta agência da ONU, cuja missão é combater a fome no mundo.

O país mais pobre da Península Arábica, o Iémen, está dividido desde 2014 por um conflito armado entre os Houthis, insurgentes apoiados pelo Irão, e forças pró-governo, apoiadas por uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita.

Terceira cidade do Iémen, Taiz, capital da província com o mesmo nome, está nas mãos de forças pró-governo, mas as entradas da cidade são controladas por rebeldes Houthis.

Em 2018, um funcionário libanês do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) foi morto a tiro contra uma caravana da organização humanitária nesta província.

A guerra no Iémen resultou em centenas de milhares de mortos, milhões de deslocados e mergulhou cerca de 30 milhões de pessoas numa das piores crises humanitárias do mundo, segundo a ONU.

A ONU e organizações de ajuda, que carecem de financiamento, alertam regularmente sobre a fome em grande escala no país.

Os combates praticamente cessaram desde que a ONU negociou uma trégua, há um ano, embora tenha terminado oficialmente em outubro.

Nos últimos meses, iniciativas diplomáticas aumentaram as esperanças de paz, principalmente após a reaproximação entre Irão e Arábia Saudita, encerrando sete anos de rivalidade no Médio Oriente.

Desde o início do 'degelo' em março, Riade retomou laços com a Síria, aliada de Teerão, e intensificou os seus esforços de paz no Iémen.

Leia Também: Iémen. ONU entrega navio a rebeldes para descarga do petroleiro 'Safer'

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