"Uma criança sobreviveu" à queda deste "avião civil Antonov" naquele aeroporto, o único em funcionamento no país, de acordo com o exército, num comunicado citado pela Agência France Presse (AFP).
Desde 15 de abril, ataques aéreos do exército liderado pelo general Abdel Fattah al-Burhane e artilharia e drones das Forças de Apoio Rápido (FSR) do general Mohamed Hamdane Daglo provocaram 3.900 mortos e 3,3 milhões de deslocados e refugiados no Sudão, segundo um novo relatório da Organização Não Governamental (ONG) Acled.
Antes da guerra, um em cada três sudaneses já passava fome e, atualmente, mais da metade dos 48 milhões de sudaneses precisa de ajuda humanitária para sobreviver.
Devido aos combates, sobretudo na capital, Cartum, milhões de habitantes encontram-se retidos em casa e alguns sem acesso a água, sobretudo nos subúrbios de Cartum-Nord, tendo apenas eletricidade intermitente.
Segundo os moradores, os alimentos são escassos, pelo que um comité de bairro na capital lançou um "apelo urgente" à população no domingo.
"Devemos apoiar-nos uns aos outros, dar comida e dinheiro aos que estão à nossa volta", escreveu o comité al-Danaqla.
Abbas Mohammed Babiker, morador de Cartum Norte, disse à AFP que a família teve de se limitar a uma refeição por dia.
"Com os combates já não há mercado e, de qualquer forma, já não temos dinheiro", acrescentou outro morador, Essam Abbas.
Os salários dos funcionários públicos, por exemplo, não são pagos desde março, noticia a AFP.
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