De acordo com a agência norte-americana de notícias AP, esta Organização Não Governamental (ONG) disse que as atrocidades foram cometidas na região central do Mali e que várias dezenas de cidadãos foram executados de forma sumária ou simplesmente desapareceram desde dezembro de 2022, uma afirmação que surge baseada em mais de 40 entrevistas telefónicas, incluindo testemunhas, e um video "que mostra provas dos abusos cometidos pelos soldados do Mali e por combatentes estrangeiros".
Estes abusos, acrescenta-se no relatório da HWR citado pela AP, incluem a morte de pelo menos 20 civis, entre os quais está uma mulher e uma menina de seis anos, durante uma operação na região de Mopti levada a cabo por "muitos malianos e soldados estrangeiros 'brancos'".
A HRW diz que os entrevistados relataram que as operações militares foram lançadas como resposta à presença de grupos extremistas nas regiões de Mopti e Segou e todos os ataques, com exceção de um, incluíram homens armados que não falavam francês e que foram descritos, como "brancos, russos ou Wagner".
O Mali tem tentado combater uma insurgência islâmica extremista desde 2012, com os rebeldes a serem expulsos do poder nas cidades nortenhas deste país africano no ano seguinte.
O Governo do Mali afastou as tropas francesas em 2022 e acolheu favoravelmente milhares de soldados do Grupo Wagner, um grupo de mercenários ligado ao regime russo, que lutou ao lado das tropas malianas e é frequentemente acusado de cometer abusos de direitos humanos.
Segundo a HRW, o governo do Mali respondeu às acusações do relatório dizendo que não sabia destes abusos e prometeu abrir uma investigação na sequência destas denúncias.
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