Rússia diz que assinou contratos de 10 mil milhões com África desde 2019
A empresa estatal russa de material militar Rosoboronexport anunciou hoje que assinou mais de 150 contratos, no valor de 10 mil milhões de dólares (nove mil milhões de euros), com países africanos desde a cimeira Rússia-África de 2019.
© Andrea DiCenzo/Getty Images
Mundo Rússia
Moscovo, 25 de jul 2023 (Lusa) -- A empresa estatal russa de material militar Rosoboronexport anunciou hoje que assinou mais de 150 contratos, no valor de 10 mil milhões de dólares (nove mil milhões de euros), com países africanos desde a cimeira Rússia-África de 2019.
Após a primeira cimeira, "assistimos a um período extremamente prolongado das conversações de Sochi. Desde 2019 até o presente, assinamos mais de 150 documentos contratuais com parceiros africanos e aumentamos nossa carteira de pedidos em mais de 10 mil milhões de dólares", disse o presidente da empresa, Alexander Mikheev, citado pela agência russa TASS.
"Durante esse tempo, expandimos a nossa presença adicionando cinco novos países no continente" africano, revelou ainda Mikheev, sem adiantar quais foram esses países, num encontro com jornalistas que precede a segunda cimeira Rússia-África, que decorre quinta e sexta-feira em São Petersburgo.
Para a Rosoboronexport, a cimeira é um evento único que "permite encontrar novos pontos de crescimento em cooperação com parceiros".
A expectativa, admitiu o presidente da empresa, é que a cimeira "ajudará a Rostec, a Rosoboronexport e outras empresas russas a manter e fortalecer os laços com parceiros tradicionais, encontrar clientes fiáveis e começar a desenvolver novos segmentos de mercado".
A Rosoboronexport, que tem o monopólio de desenvolver, fabricar e exportar produtos de alta tecnologia na área da defesa, já anunciou que vai fazer, a par da cimeira, uma "demonstração das ferramentas desenvolvidas e testadas na Rússia para combater o terrorismo, o crime organizado, as ameaças cibernéticas, proteger o sistema constitucional e a ordem pública, fornecer segurança e vigilância de fronteiras e instalações críticas".
A sua missão é aproveitar o evento para "elaborar conceitos para abordar os principais desafios à arquitetura de segurança global africana", juntamente com delegações dos países do continente que vão estar em São Petersburgo, acrescentou Mikheev.
A cimeira Rússia-África, onde se espera a participação de mais de 40 países africanos, incluindo Angola e África do Sul, começa na quinta-feira, contando Moscovo com a quantidade e nível das representações africanas para mostrar que não ficou isolada pela ofensiva na Ucrânia, e o acesso aos cereais e fertilizantes ucranianos e russos deverá dominar o encontro.
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